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11/05/2016

Cabeça Quente e a Fuga do complexo.


Cabeça Quente é um mangá One-shot que impressiona pela sua bela arte, pela temática muito fácil de se identificar e especialmente pelas dúvidas que provoca no leitor, no decorrer das suas curtas, porém funcionais onze páginas.

É digna de citação, o traço muito bonito da narrativa, que reforça um futuro cinzento, incrivelmente avançado, todavia cheio de dúvidas atemporais e que parecem ser própria da condição peculiar humana de pensar o próprio pensamento e cogitar, que a sua existência pode ser diferente do que sempre foi.

De forma incrivelmente sucinta, Cabeça Quente fala de uma máquina de aspecto humanoide, que problematiza, questiona o que é a vida e de como a garota responsável pela sua manutenção/ funcionamento procura fugir do assunto.

É muito legal ver que o autor trabalha a questão da fuga do complexo, de questões profundas, usando de recursos como uma coloração predominantemente cinza, o que pode sugerir que para a manutenção da ordem daquele mundo, as pessoas e as máquinas não devem pensar mais do que o indispensável para a sua sobrevivência.





Quanto ao traço em si, pela riqueza de detalhes ele me lembra da arte de Video Girl Ai, pois os cenários são bem detalhados e caprichados e a anatomia dos personagens é crível.


Quem procura uma leitura, para pensar um pouco mais sobre que sentido está sendo dado para a própria existência vai encontrar um bom divertimento em Cabeça Quente\ Boiling Head de Tatsuyuki Tanaka.




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