Creio que os adjetivos "lindo" e "tocante", sejam os que mais se aproximam da agradável tarefa. que é resumir Wolf children em poucas palavras, mesmo que os mais belos adjetivos existentes não consigam exprimir com exatidão a beleza deste filme.
Não farei nestas linhas um resumo do enredo desta fascinante história, que aborda o amor, com tanta leveza, e ao mesmo tempo com uma riqueza de detalhes fascinante.
Wolf Children não apenas fala do amor incondicional de uma mãe para com os seus filhos, mas também aborda com profícua profundidade , sobre o peso de ser diferente e tantar conviver com uma multidão de iguais, a passagem caótica da adolescência para a fase adulta, os encantos e os pormenores trabalhosos da maternidade, o fato de que para vivermos em sociedade, muitas vezes temos de inibir e até mesmo negar, algo de genuíno e único que temos em nós.
Trilha sonora, arte, desenvolvimento de personagens, exposição e solução de conflitos, todos estes elementos interagem entre si, com uma sinergia gentil e deliciosamente fluída.
O desenvolvimento das crianças-lobo é feito com uma naturalidade mansa e muito plausível. Um aspecto agradável na narrativa, é a oscilação que ambos demonstram, quanto ao dilema de serem lobos ou humanos, pois qualquer um dos caminhos exigem renúncias emocionalmente pesadas.
Falando em renúncias, é impossível não citar a mãe do jovem casal de híbridos. Através de gestos e palavras que esbanjam sentimento, a personagem demonstra com uma clareza inspiradora, que ser mãe é o exercício perpétuo do amor incondicional e da aceitação,ambos em suas formas mais puras
e livres de rótulos.
Wolf Children não é um filme bombástico, todavia na sua beleza e suavidade quase que ininterruptas, ele conversa com as emoções e as crenças de quem o assiste.
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